sábado, 28 de maio de 2011

Será?

Por Marlon Vila Nova

Quando nos encontramos essa quinta-feira pra compensar o final de semana passado que acabamos nos separando, já que eu e o Alexandre tínhamos um festival de dança pra ir no domingo em Piracicaba e o Tiago e o Hanz foram conhecer uma nova balada de São Paulo (O Felipe estava em algum lugar do Brasil fazendo show), acabamos tendo uma noite tensa, cheia de discussões.
Começamos contando pros meninos, eu, o Alê e o Hanz, a descoberta mútua de um novo nicho de mercado. O metrô. O Alê começou contando que havia sido bolinado, o Hanz contou das cantadas nada sutis que rolaram pela tela do celular do sujeito em questão, e eu contei do bofe que, discretamente, tirou a aliança de compromisso do dedo e guardou na mochila enquanto me encarava na vagão.
Entre risadas e cerveja, o assunto se estendeu pra todo tipo de lugar. Foi quando chegamos no assunto "sauna" novamente que o Felipe soltou a frase que me deixou intrigado: "Engraçado como os relacionamentos hoje em dia estão ao contrário, né? Antigamente conhecíamos as pessoas, ficávamos, e depois transávamos. Agora parece que primeiro as pessoas transam e depois perguntam o nome e começam a descobrir quem era a pessoa com quem fizeram sexo." - ele disse.
Será que vamos enfrentar uma inversão na ordem natural dos relacionamentos? Até que ponto é interessante fazer sexo com alguém que você não conhece? É mais interessante conhecer a pessoa depois? Digo, se o sexo for bom, quais as chances do relacionamento não dar certo? Se você não gostar do nome dele? Ou da mãe dele? Ou se ele morar longe, tipo em Itaquera? Há quem ache que, na verdade, a ordem das coisas não intefere no resultado final. Mas, se você não tem paciência pra conhecer os detalhes da vida de alguém pra conseguir chegar até a parte do sexo, você vai ter paciência de tudo isso depois de já ter conseguido?